1. |
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Quanto de mim ainda resta, para puxar o gatilho
Que a luz produza a escuridão
Para que a leitura de meu discurso se faça
As páginas estão em branco
Eu não consigo preenchê-las
Se estou vivo ainda posso produzir
Se estou vivo...
Eu insisto em escrever, mesmo com meus olhos furados
Eu ainda luto para respirar
Com toda fumaça, expondo os frutos de minha cabeça
Me tornei um marginal, caminhando entre paredes tortuosas
Punido por crimes de pensamento, contra a fé moderna
Em meu cárcere desconhecido, sob tortura antagonista
Sou um prisioneiro de consciência livre, mas de liberdade falsa.
Mesmo havendo obstáculos para alimentar o meu fôlego,
que oxigena meu cérebro
Serei sempre um incendiário
Pois sou um homem
Posso produzir armas
Quanto de mim ainda resta, para puxar o gatilho
Quanto de mim ainda resta...
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2. |
Soumission Volontaire
10:01
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je fixe le soleil avec un regard passioné
ses rayons me brûlent, tu es cet astre
éclaire mon chemin, mène moi au sommet
tous les matins, ta lumière se fond à mon sang
ta lumière se fond à mon sang
à mon sang
Olhos virados ao sol
Cego por sua luz
Queimado pelos seus raios
Este astro é você
Ilumine o meu caminho
Guie-me ao infinito
Todas as manhãs sua luz
Se funde ao meu sangue
Sua luz se funde ao meu sangue...
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3. |
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Não seremos mais excluídos em “nosso” mundo,
Mesmo porque tudo é relativo
Uma vez cientes, forjaremos nossa da realidade
O exílio de nossa consciência finda agora.
Com o levantar das ferramentas de trabalho
Que se fazem armas para lutar
A criança brincará sobre as covas da opressão
Sobre os decapitados, da explosão
Que nem todas as mensagens subliminares puderam mais conter
Podemos ouvir, dos campos aos morros
O rugir do Intocado, tendo suas asas arrancadas
(o onipresente sendo morto)
As chamas tomam o palácio
Com a caixa de pandora aberta
O caos corre livre arregimentando a nova ordem
Sabemos o que é melhor para nós
Agora que decidimos por conta própria
Gozamos do amor, dessa máxima expressão
De ir e vir e ter mais uma psique que não é mais violada
Sorria para mim minha bela
Como você nunca sorriu antes
E a plenos pulmões me cante a canção da liberdade.
Pois estamos agora despertos, do sono forçado e involuntário.
Por que éramos o lixo do mundo
Que se digladiava pela miséria do sub-emprego e se tornou a besta do mundo
Uma fera com milhares de rostos de explorados
Que Ele fingia não ver e induzia condicionados a uma vida de controle e subserviência
Que deixava “suas” tarefas mais fáceis
Que lavava “seu” carro
Que limpava “sua” casa
E tirava “seus” dejetos
O fim e o começo – a morte do capital
Se erguerá ao ladrão, um monumento
Há muito o poeta, deu o alerta, em sua sutil mensagem de esperança...
Neste final não há vencidos nem campeões
“Ninguém faz o limão dourado,
Ele cresce em uma árvore verde,
O homem forte com olhos de cristal,
É o homem que nasce livre
Tem seu próprio caminho
uma casa no alto da colina
Homens que são homens que aram a terra,
Mulheres, mulheres são as mulheres que tecem.
Cinquenta são os donos dos limoeiros
E nenhum homem é escravo”*
Dos destroços do velho mundo, o alicerce de um mundo novo
Sem deuses, sem mestres!
*Hebert Read – “Uma canção para os anarquistas espanhóis” in. Grandes Escritos Anarquistas de George Woodcock
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4. |
Black Embers Records São Paulo, Brazil
alternative music and d.i.y / música alternativa e faça-você-mesmo.
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